quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Cuidado com o Dr. Google
Uso indiscriminado do site para pesquisas sobre doenças e tratamentos tem gerado problemas comuns de automedicação, alertam especialistas


A internet foi um divisor de águas na relação médico-paciente, e por que não dizer, na
relação do paciente com sua doença, seu tratamento e
medicação. Basta digitar a dúvida no site de buscas mais famoso do mundo, o Google, que ele disponibiliza em questão de segundos, centenas ou milhares de informações, que antes não estavam ao alcance do leigo, e que o próprio médico demorava a receber. Tanta informação é benéfica? Depende de vários fatores, de acordo com os seis especialistas entrevistados pela Encontro. Os perigos maiores são as interpretações equivocadas, o que o paciente faz com as informações em mãos e a substituição do mé
dico pelo Google.

Segundo o presidente do Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais, João Batista Gomes Soares, a demanda dos médicos para discutir este assunto é grande. “Inúmeros relatos de médicos são de que o paciente está chegando ao consultório com o diagnóstico pronto, tratamento e medicação escolhidos. Muitos deles estão agindo por conta própria sem conhecimento do médico, atrapalhando o tratamento”, diz. Por ser algo novo, ainda não possui estatísticas, mas afirma que muitos médicos estão se sentindo pressionados, não conseguem convencer o paciente da sua posição e muitas vezes desistem para não causar discussões. “Isso tem exigido mais do médico. É preciso ter preparo, anotar todos os procedimentos e observações no prontuário: o que o paciente propôs e o que não concordou em fazer”, indica. E mais do que isso, transmitir firmeza e confiança nas decisões.


O oftalmologista especialista em glaucoma, Milton Jacques de Carvalho, tem se surpreendido com os questionamentos aprofundados dos pacientes e o uso de termos técnicos e conhecimentos de procedimentos restritos à área médica, mas mesmo assim, muitas vezes os pacientes estão equivocados. “O discernimento é sempre do médico. O tratamento do glaucoma, por exemplo, pode ser clínico, a laser ou cirúrgico, normalmente nessa ordem, mas não necessariamente assim”. O lema cada caso é um caso se aplica em todas
as áreas da saúde, principalmente no que se refere à compra pela internet. “No caso do paciente que adquire lentes de contato sem consulta, pode levar à lesão séria da córnea ou perda da visão”, alerta. O paciente que recebeu diagnóstico recente é o mais suscetível de colher informações equivocadas no Google. “Ainda que a pessoa faça a busca em sites fidedignos, a gama de informações é enorme, e dentro de uma mesma doença existem espectros grandes de gravidade”, diz a médica Adriana Camarano, endocrinologista. E não é só o diagnóstico, o tipo de acompanhamento, o segmento de cada doença e a periodicidade do tratamento também. “O médico não é mero informante”. Ela completa que, se a informação for confiável, o médico pode ajudar a interpretá-la, entendendo melhor a necessidade de cada pessoa.

A ansiedade gerada com a informação pode ser maior se o paciente se depara na internet com algo que implica gravidade. A analista de sistemas Andréa Miranda Lima Scalioni gosta da comodidade e do imediatismo do Google. Já consultou bulas de remédios na internet e resultados de exames, mas quando sua médica informou que ela tinha alteração nos linfócitos chamada linfocitose e indicou procura de hematologista, ficou insatisfeita com os esclarecimentos dados no consultório. Ansiosa, jogou a informação no Google e levou um susto. “Os primeiros links que consultei indicavam que eu teria leucemia linfóide crônica. Quando li isso quase pirei”, conta. Até esclarecer com o especialista que o caso dela não era grave, Andréa sofreu por 20 dias. “O Google me levou a mil possibilidades ruins, me confundiu e assustou”. Amândio Soares, oncologista, diz que o diagnóstico de câncer balança toda a estrutura familiar e, não raro, os pacientes querem conhecer todos os detalhes da doença, opções terapêuticas disponíveis e podem usar o Google como responsável das tomadas de decisão. “O problema é que existem estudos científicos que ainda não foram comprovados, medicamentos ainda em estudo que são oferecidos como certos”, pondera. De acordo com ele, são muitas as variáveis a serem analisadas: se o paciente se enquadra naquela situação apresentada pelo site, se as suas condições clínicas permitem a utilização da medicação e se os benefícios dela superam os efeitos colaterais e a toxidade. Ele alerta para outro perigo: sites de leigos prometendo a cura do câncer. “Por curiosidade digite as palavras: babosa e câncer ou óleo de fígado de tubarão e câncer e veja o resultado”. A reportagem digitou. Resultado: 177 mil páginas que continham receitas, medicamentos, relatos e estudos sem embasamento científico.

O Google é referência na vida de Sandra Flores, gestora de eventos. Desde que teve angina com 99% de obstrução e implantou um stent no coração, a relação com o site de busca se tornou diária. “Antes de o médico receitar os medicamentos eu já sabia de lançamentos no exterior, queria me curar logo”, conta. Sandra acabou substituindo por conta própria o remédio receitado pelo médico por acreditar nas informações que leu na internet. Comprou a medicação e por pouco o resultado não foi desastroso. Sandra teve a coronária obstruída novamente e precisou colocar out
ro stent. “Meu médico me disse depois que se não tivesse mudado a medicação teria tido resposta mais rápida e positiva”, conta. Em outra ocasião, ao invés de consultar um médico depois de descobrir uma mancha na pele, as comparou com fotos no Google e se autodiagnosticou. “Achei que não era nada, pois minha mancha era muito diferente das dos sites”, diz. Sandra estava com câncer de pele, demorou demais a tomar providências e teve que fazer uma cirurgia que talvez nem precisasse se tivesse desconfiado do que viu na tela do computador. “Depois disso resolvi maneirar”, diz. Outro desdobramento do excesso de informações e relatos é a pressão para que o médico peça mais exames do que o necessário ou faça check ups completos mesmo que o paciente não tenha nenhuma queixa. O presidente da Federação das Unimeds de Minas Gerais, Marcelo Mergh Monteiro, é adept
o da informação e do conhecimento e diz que o paciente deve dividir a responsabilidade do seu tratamento com o médico, mas afirma que os diagnósticos são feitos na anamnese e que os exames são complementares, e não definitivos. “E se o médico não conseguir convencer o paciente, ele pode até mudar de médico, mas nunca decidir sozinho com ajuda da internet”, diz.


Conectado 12 horas por dia, o publicitário Khacyos Rezende diz que o Google é a página de abertura de seu computador, e que pesquisar no site é a primeira coisa que faz ao liga-lo. Ele conta que está sempre pesquisando sobre saúde, pois tem irmã e mãe hipocondríacas. “Quero mostrar a elas alternativas de tratamentos e alertá-las sobre os perigos das medicações que querem tomar”, conta. Para ele mesmo, a internet só influenciou uma vez, depois de ir a um médico para tratar de insônia. “Ele me receitou um remédio tarja preta, por isso fiquei apreensivo”. Khacyos pesquisou a composição e contra-indicações, se assustou e optou por não fazer o tratamento.

O clínico e intensivista Ângelo Pimenta Macedo conta que mesmo esclarecendo todas as dúvidas dos pacientes numa consulta, eles têm retornado com outras depois de fazer buscas na internet. “Pesquisar sobre medicamentos deixa a pessoa em alerta, mas sempre as tranquilizo, pois cada um tem seu risco calculado”. E reitera que o paciente não deve mudar nenhuma conduta sem antes informar seu médico. O clínico faz uma interessante comparação: a internet é conversa de vizinho elevada à última potência. “Sabe aquela história de que o vizinho está tomando isso ou o amigo receitou aquilo? Pois é assim, só que como a internet é muito rápida, em muito maior volume (de quantidade e qualidade), é como se se tivesse instituído uma opinião segura, um terceiro posicionamento sobre a situação do paciente”. Mas, e se você confiar na internet e algo der errado, você vai ligar para quem? Para o doutor Google?

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Até o último pedaço

Refrescante e muito saborosa, a melancia ganha mais adeptos e é ótima fonte de vitaminas, ajudando na prevenção de doenças


Não é de hoje que a alimentação saudável é tema de muitas discussões. Comer adequadamente, verificar as calorias, vitaminas e nutrientes fazem parte do cotidiano de muitas pessoas, principalmente aquelas empenhadas em perder alguns quilos ou simplesmente manter uma dieta saudável. Frutas, legumes, verduras e sementes são elementos fundamentais para uma boa alimentação e alguns deles ganham até destaque pela quantidade de benefícios que proporcionam ao corpo. Como a melancia.

Saborosa, refrescante e muito nutritiva, além de saciar a fome ajuda a prevenir o câncer de próstata e doenças ligadas à visão. É o que afirma a oftalmologista do Hospital de Olhos Dr. Ricardo Guimarães, Elki Passo. Segundo a médica, a fruta é rica em licopeno, antioxidante que previne doenças ligadas ao envelhecimento, como a catarata e a degeneração macular, que ao longo dos anos pode até causar a cegueira. “Assim como a melancia, todas as frutas que têm carotenóides em sua composição ajudam a combater doenças provocadas da ação dos radicais livres. Por isso é importante comê-las diariamente”, ressalta a especialista.

Livre de gorduras, a melancia contém apenas 30 calorias em cada 100 gramas, ou seja, muito baixa em relação a outras frutas. Excelente diurético, sua polpa é composta por 90% de água, enquanto a mesma quantidade de banana prata tem 97 calorias e de tangerina, 50. Além disso, a melancia possui outras substâncias que beneficiam o organismo humano como o betacaroteno, vitaminas A e C, cálcio, glutationa e fósforo. Estudo elaborado pela Universidade do Texas, nos Estados Unidos, constatou na fruta a presença de citrulina, substância convertida pelo organismo em arginina, aminoácido diretamente ligado à vida sexual. “Ela age como vasodilatador e favorece a circulação sanguínea, funções que estão diretamente ligadas à libido e à ereção”, explica a professora de nutrição da Faculdade Estácio de Sá, Meire Braga.

O gerente administrativo financeiro Marco Antônio de Moura Mesquita, de 55 anos, revela que a melancia é a fruta de sua preferência, principalmente depois que descobriu seus benefícios. Ele até reservou em sua geladeira um cantinho especial para ela. “Há seis anos consumo uma porção todos os dias, de manhã e à tarde”, afirma. E quais são os benefícios? “Ela me dá muita disposição”, diz, explicando que fez estudos sobre a fruta e se surpreendeu com os resultados. “Descobri que ela é um Viagra natural, pois dilata os vasos sanguíneos, fazendo com que o sangue circule mais facilmente pelas veias. Depois disso, passei a comer ainda mais melancia”, brinca.

A estudante de engenharia de alimentos, Mara Cristina Amaral Santos, de 22 anos, sentiu os benefícios de outra maneira. Ela assegura que a vontade de comer doce diminuiu bastante depois que começou a ingerir a fruta frequentemente. “Costumo comer uma fatia grande três vezes por semana e às vezes como até duas”, afirma. Para a nutricionista Meire Braga, mais importante do que determinar a quantidade ideal é saber se a pessoa tem restrições ao açúcar: “Se for diabético, por exemplo, o paciente deve consultar um médico para saber se pode comer a fruta e qual a porção adequada”. Na casa do empresário Guerra Filho, de 44 anos, a fruta também não pode faltar à mesa, pois é a preferida dele e dos três filhos. Além de apreciá-la ao natural, ele gosta de inventar receitas e fazer suco junto com várias frutas da época. “O que tenho na geladeira misturo com a melancia e sempre fica gostoso, porque como ela é doce e tem bastante água. A combinação com outros sabores sempre dá certo”, revela.

O ideal, segundo Meire Braga, é que a fruta seja degustada entre as refeições. “Com exceção do verão, quando pode ser consumida mais vezes ao dia, pois fornece fibras e minerais”. Outra ideia é fazer suco, batendo a polpa com o caroço no liquidificador e depois coar, afirma a nutricionista. Para a estudante Mara, a melhor hora de comer a melancia é depois do almoço e no lanche da tarde. “Inclusive já fiz até doce com a casca da fruta e ficou delicioso. Outro jeito diferente que provei foi melancia desidratada, que é bem doce e também muito gostosa”, conta.

Assim como muitas frutas, a melancia também é rodeada de mitos, como o de ser indigesta. “Pelo contrário, ela é um excelente agente na digestão. E não tem problema se a pessoa quiser comê-la à noite”, afirma a nutricionista. Outra questão é que dizem que ela provoca dores na barriga. “Isso não é verdade. Só daria se ela tivesse muita fibra, mas não tem”. Para evitar que a fruta seja mal armazenada, a nutricionista dá a dica: “O melhor é guardar na geladeira envolvida em plástico-filme ou em vasilha bem tampada. Assim se evita que ela pegue cheiro de outros alimentos”.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Olhar fatal
Técnica de alongamento dos cílios é a nova sensação nos salões de beleza e garante às mulheres mais charme e sensualidade no visual



Se pensarmos em olhos realçados, cí­lios bem destacados e olhar sedutor, a primeira imagem que vem à cabeça é da modelo de maior sucesso da década de 1960: Twiggy Lawson. O que mais im pressionava, além de sua magreza e olhar meio perdido, eram os cílios negros, com pridos e cheios de máscaras que a deixa vam ainda mais misteriosa e hipnotiza dora. Os anos passam, a moda se transforma a cada estação, os cortes de cabelo e as cores da maquiagem mudam, mas não tem jeito: os cílios volumosos e curvados estão sempre em alta.
Cleópatra, no antigo Egito, já pintava seus cílios com o kohl, espécie de pig mento preto que destacava o contorno dos seus olhos. Desde então, a maquia gem ganhou força e destaque como ele mento de sedução e elegância feminina. E os cílios, nunca sofreram alteração de acordo com a moda ou a época, ao con trário, ganharam acessórios, como o cur vex, máscaras e os postiços. E para as antenadas de plantão, o mundo fashion apresenta novidades como o alonga mento com fios artificiais, permanentes e até mesmo um colírio capaz de dar volume e fortalecer os pêlos dos cílios, tudo para deixar o olhar feminino cada vez mais fatal.

No 4º Congresso Brasileiro de Restau­ração Capilar, que será realizado no Hos pital Mater Dei, de 18 a 20 de agosto, os cílios também será tema de discussão entre cirurgiões brasileiros e estrangei ros. Segundo o Presidente do Congresso e da Associação Brasileira de Cirurgia da Restauração Capilar (ABCRC), Marcelo Pitchon, a novidade é o colírio de nome científico Bimatoprost, desenvolvido para tratar a doença de glaucoma. “Os médicos perceberam que ele tinha efeito colateral de fortificar os cílios e dar mais volumes”, afirma.
O cosmético é pingado nos cílios da pálpebra superior e para começar a fazer efeito deve ser usado constantemente durante quatro meses. Porém, o médico alerta: “Pode dar coceira, vermelhidão e pessoas que tem os olhos claros pode ter pigmentação na íris, deixando-as mais escuras. Mas isso é muito raro”. O pro duto é comercializado nos Estados Uni dos e está previsto para chegar ao Brasil ainda este ano.
Para quem procura algo mais ime diato, o procedimento japonês de alonga­mento dos cílios também é muito eficaz. Ele é realizado fio a fio, ou seja, o profissio nal gruda cada fio individualmente com uma cola especial. O processo dura apro ximadamente uma hora, tem permanên cia de 20 a 30 dias e custa cerca de 160 reais, com a manutenção incluída. Para manter a durabilidade é preciso ter al­guns cuidados, como: “Não esfregar de mais os olhos, porque o pelo pode cair mais rápido, usar pomada para reforçá -los e pronto: o efeito é excelente”, ressalta o maquiador do salão Office Hair & Co., Luciano Fernandes.

O alongamento, segundo Luciano, é feito de certa forma para resgatar a femini lidade do rosto das mulheres, que nas dé cadas de 1930 e 1940 já usavam muito os cílios postiços. “Ainda hoje o uso é muito grande, porém, com a nova técnica a mu lher não precisa tirar e colocar os cílios, os olhos estarão sempre bonitos, sensuais e atraentes” afirma. A nutricionista Eunice Laender Lopes concorda plenamente com o maquiador, tanto que já fez o alonga mento três vezes. Ela garante que o resul tado é surpreendente e bem natural, e que ninguém percebe que parte dos cílios não são dela. “Como meus olhos e minha pele são claros, os cílios volumosos e alongados realçam muito mais meu olhar”.



O material pode ser sintético ou de pelo natural humano – ponta de cabelo. “Há várias marcas japonesas e chinesas. Algumas são de ponta de cabelo de be bês”, revela Luciano. No salão Renata Fon tany, a esteticista Tatiane Marcelino afirma que só trabalha com fios de nylon antialérgicos importados de Londres. “Como trabalhei dois anos na cidade bri tânica, prefiro continuar usando o mesmo produto”, afirma. De acordo com Tatiane, não é necessário o uso de rímel, pois o efeito final do trabalho é bem per ceptível e os cílios já ficam virados. “A cliente pode até usar o produto, mas deve optar por um à prova d’água e passar só nas pontas”, acrescenta.

A recepcionista Joana Nunes Amorim é daquelas que se dizem apaixonadas pe los olhos e por isso, desde quando desco briu a técnica, não parou mais. “Há mais de três anos que faço o alongamento”, afirma. Como tem os cílios pequenos, achou o procedimento perfeito para ela, pois aumentou significativamente o ta manho dos pelos. “Não preciso nem usar rímel, que alias, é um acessório de que não gosto muito”, observa.

O especialista em cílios Gustavo Hen rique Pereira Elias trabalha há quatro anos com o procedimento, e afirma que a tendência veio para ficar. “Depois que algumas mulheres descobriram o alon gamento dos cílios, não pararam mais de fazer, e, além disso, indicam para as amigas, que indicam para outras e assim por diante”, afirma Gustavo, que traba­lha no Núcleo Fidelaide. Outra técnica muito utilizada nos salões de beleza é o permanente de cílios. A cabeleireira e maquiadora Flávia Menicucci, optou por aplicar este método em suas clientes, pois acredita que ele é menos agressivo que o alongamento fio a fio. “O trabalho é feito com os cílios da própria pessoa. E é até aconselhável que a cliente tenha os cílios médios para ficar mais curvados”, afirma Flávia que é proprietária do Salão Jacques e Janine.

O procedimento dura duas horas, tem permanência de dois meses e custa 105 reais. “É muito prático. Recomendo para todas as mulheres que gostam de valori zar o olhar. E os cuidados são os mais sim ples possíveis: apenas não esfregar muito os olhos e não passar produtos que tenha óleo na composição”, afirma. Para a Coor denadora de dermatologia do hospital Lifecenter, Ana Cláudia Lyon de Moura, a pessoa que nunca fez o procedimento de alongamento ou permanente, deve ter cuidado com reações alérgicas. “Sempre que puder optar por rímeis que alongam ou dão volumes é melhor, pois podem ser retirados toda noite. Mas se ainda sim a pessoa quiser fazer outros métodos, deve procurar um profissional especializado e de confiança”, revela. Por isso, o cabelei reiro e maquiador Ramiro Cerqueira, do Office Hair & Co., dá a dica: “Existem rí meis que dão efeito volumoso e alongado. É só passar várias camadas e usar um bom curvex. O segredo é caprichar na ma quiagem para ficar com os olhos marca dos e bem sensuais”.


terça-feira, 9 de novembro de 2010

Corra pra Night terá atrações circenses e espaço lounge
Corrida noturna deverá atrair cerca de 1.200 atletas no bairro Belvedere e terá clima de festa

Belo Horizonte sedia, na noite de 13 de Novembro, a primeira edição da Corra pra Night, uma corrida para quem gosta de esporte, música e saúde, realizada pela .Org Formaturas, com organização da Leg Assessoria Esportiva. A partir das 18h, haverá concentração na Praça Íris Valadares, no bairro Belvedere, zona Sul da capital. A corrida começa às 20h. Após a largada os atletas percorrerão 7 km pelo bairro finalizando o percurso às 21h30min.

De acordo com o diretor da .Org Formaturas, Henrique dos Santos Costa Gomes, a prova Corra pra Night é diferenciada não apenas por acontecer à noite, mas também pela estrutura de lounge com música, atividades circenses e animação ao final da prova, que criará um clima alto astral misturando festa com prática de esportes.

Os atletas terão kit corredor contendo camiseta em poliamida, sacola de treino e número de peito, além de medalhas para todos os concluintes da prova, cobertura médica no percurso e chip eletrônico para cronometragem. A premiação também será um dos diferenciais da prova, com troféus para os cinco primeiros na categoria geral e para os três primeiros por faixa etária (feminino e masculino). As inscrições para participar da Corra pra Night podem ser feitas no site www.corrapranight.com.br ou nas sedes da .Org Formaturas e da Leg Assessoria esportiva.

Serviço:

Corra pra Night

Local: Praça Íris Valadares, no bairro Belvedere

Data: 13 de Novembro de 2010 / Horário: a partir de 18h

Inscrições: www.corrapranight.com.br

.ORG Formaturas: Av. dos Bandeirantes, 1000 – Mangabeiras – telefone: (31) 2515-1500

LEG Assessoria esportiva: Av. dos Bandeirantes, 1849 – lj 02 - Mangabeiras

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

O perigo das dietas da moda
Nem mágica, nem milagre: emagrecer com saúde requer mudança de hábitos. Dietas radicais não dão resultados duradouros


A briga com a balança é rotina de muita gente. O desejo de exibir um corpo perfeito, de entrar de novo naquela roupa encostada no armário ou de melhorar a saúde leva as pessoas a fazer coisas incríveis. Na maioria das vezes, em lugar de procurar um profissional que possa ajudá-las, vão atrás de receitas milagrosas. Dietas e “conselhos” é que não faltam. Se digitarmos no Google a frase como emagrecer, aparecerá uma variedade de sugestões, que vão dos mais estranhos regimes até simpatias e rezas. Regimes surgem na mídia e viram moda: da sopa, do carboidrato, da linhaça, da água, da lua, dos pontos, do abacaxi, e agora as mais recentes, a ração humana e papinha de neném.

A chamada ração humana, um composto de ingredientes ricos em fibras, tornou-se uma febre, não só com o objetivo de emagrecer, mas de manter a saúde. A comerciante Joanadet Maria Dias, 46 anos, ficou sabendo do produto pela amiga, Fernanda Buffe, proprietária de uma loja de produtos naturais e por notícias na TV. Decidiu experimentar a ração para se alimentar melhor, melhorar a saúde e, quem sabe, perder peso também. “Há dois meses troquei o café da manhã por um copo de vitamina com leite de soja, fruta e uma colher do produto. Não é nada saboroso, mas queria melhorar os sintomas da menopausa e me alimentar melhor. Depois disso, senti minha pele mais firme, as dores nas pernas e câimbras desapareceram e, de quebra, emagreci três quilos”, afirma Joanadet.

O médico Ricardo Barsaglini da Silva Leite, integrante do corpo clínico da Clínica de Endocrinologia e Metabologia da Santa Casa de Belo Horizonte, mestre em clínica médica pela UFMG, explica que a ração humana faz uma combinação adequada de nutrientes para substituir uma refeição. Como é rica em fibras, aumenta a sensação de saciedade e colabora para diminuir a constipação intestinal. Na perda de peso, o médico, que também é secretário da regional de Minas Gerais da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, explica que a ração funciona como um artifício, substituindo uma refeição por outra menos calórica. O segredo de qualquer dieta é ingerir menos calorias do que se gasta. É claro que, se aliado ao exercício físico, a pessoa vai emagrecer mais. Não há milagre. É questão matemática. O ideal é fazer uma dieta que se ajuste à rotina do indivíduo”. Sobre riscos para a saúde, Ricardo Barsaglini alerta as pessoas que sofrem de algum problema de saúde para terem cuidado: por exemplo, quem é diabético precisa tirar o açúcar mascavo.

Segundo a nutricionista, doutora em saúde coletiva e professora da UFMG, Roseli Gomes de Andrade, “para ter uma alimentação saudável não é preciso ingerir a ração, pois seus componentes nutricionais podem ser encontrados em outros alimentos. A vantagem da ração é que o seu conteúdo de fibras ajuda na redução da absorção de gorduras e no aumento da saciedade, auxiliando no emagrecimento. “Se a pessoa quer ter saúde e peso adequado precisa mudar o estilo de vida, que inclui bons hábitos alimentares com ingestão diária de frutas, verduras, legumes, arroz e feijão, e a prática de uma atividade física”.

A mais nova dieta entre as beldades de Hollywood teria ficado famosa no mundo depois que a atriz Jennifer Aniston comeu papinha para bebês por uma semana. A receita seria de sua personal trainer, Tracy Anderson, que em entrevista ao jornal inglês Daily Mail, afirmou que Jennifer consumia 14 potinhos de comida para neném por dia. Assim, ela emagreceu três quilos para atuar em um novo filme. A atriz desmentiu, mas a dieta já virou febre entre famosos e nem tanto. Esta moda é chamada pelo médico Ricardo Barsaglini de “ração pra filhote”, já que foi criada para suprir as necessidades nutricionais dos bebês. Ela se ajusta, segundo ele, “ao mesmo princípio básico da substituição de refeições calóricas por outra menos calórica. Mas ninguém aguenta comer papinha a vida inteira. É só parar, que a pessoa vai recuperar todo o peso perdido”.

A nutricionista e professora Roseli diz que essa dieta um tanto estranha é perigosa, pois se trata de uma refeição com nutrientes insuficientes para um adulto e só emagrece porque, como em várias outras dietas da moda, há redução na ingestão calórica. Para perder peso, a especialista diz “não há mágica”. Estes modismos, ela reitera, “podem até dar resultado, mas o indivíduo não consegue e, principalmente, não deve manter essas restrições alimentares por muito tempo”. O importante é que a pessoa passe por um processo de reeducação nutricional. Isto junto com atividade física ajudará na perda gradual de peso e na aquisição de bons hábitos alimentares, que, se mantidos, auxiliam a saúde do indivíduo de forma geral.

Ricardo Barsaglini afirma que a decisão de uma pessoa de emagrecer, seja em que dieta for, depende de incentivo. Que o diga a atriz Jennifer Aniston. Quem não vai emagrecer a fim de receber milhões de dólares para fazer um filme? “Se a pessoa se sente estimulada e se propõe a um programa de emagrecimento, com acompanhamento de um profissional da área, ela vai perder o peso que quiser, diz o médico.



Composição da ração humana:

250 g de fibra de trigo

125 g de leite de soja

125 g de linhaça

100 g de açúcar mascavo

100 g de aveia e flocos

100 g de gergelim com casca

25 g de gelatina sem sabor

25 g de guaraná em pó

25 g de levedo de cerveja

25 g de casca de maracujá

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Vinte bons motivos para você começar a correr e espantar de vez o sedentarismo.
Além da chance de participar da corrida mais charmosa da cidade, em dezembro.





Será dada a largada para a segunda edição da corrida Encontro Delas/Circuito Molico. O evento começa no dia 11 de dezembro, dedicado às atividades de entretenimento e saúde da mulher. No dia 12, data em que se comemora o aniversário de BH, acontece a prova que, a exemplo da anterior, terá seis quilômetros de percurso. O local não poderia ser outro: a Lagoa Seca no Belvedere, tradicional reduto dos adeptos da atividade. As mulheres que forem rápidas e se inscreverem até o dia 15 de novembro pagam valor promocional de 50 reais. A inscrição dá direito ao kit atleta com camisa, ecobag e toalhinha. As inscrições podem ser feitas no www.encontrodelas.com.br, onde constam informações importantes sobre a competição.

Feito o chamado, a hora é de iniciar os treinamentos, que devem ser orientados por profissionais. A gerente de vendas Ana Paula Mariano, de 40 anos, já começou o aquecimento. Mãe de duas filhas – de 11 e 14 anos –, treina quatro vezes por semana, com ajuda de especialistas da academia By Japão. Ela começou a correr regularmente há seis anos. Por quê? “Por causa da saúde. Meu colesterol estava lá em cima, depois que comecei a correr nem precisei tomar remédio para regulá-lo”. Bem-estar, disciplina com a alimentação e melhor disposição para encarar o dia são outras boas consequências da atividade, segundo Ana Paula. Para o professor Albená Nunes da Silva, personal trainer e treinador de corrida, a motivação deve ser o primeiro fator a ser buscado antes de iniciar a atividade. “E para maximizar o desempenho, faz-se necessária uma consulta com um bom profissional de educação física, para assim adquirir informações importantes para a realização segura de um treinamento antes e durante as provas”.



Então, quer começar a correr? Para pensar no assunto, Encontro selecionou 20 motivos elaborados por especialistas em corrida, para convencer você a colocar os tênis e a aumentar o ritmo das passadas.

Viva a liberdade: A corrida de rua é uma modalidade democrática, você pode correr onde desejar e se inscrever na corrida que desejar, desde que esteja preparado para completá-la.

É com você: É um esporte que depende apenas de você, não necessita de outras pessoas ou equipamentos muito específicos e elaborados.

Tchau, barriga: Ajuda a controlar o peso corporal, pois possibilita a indução de balanço calórico negativo, uma vez que possui um gasto calórico considerável.

Mude seu ritmo de vida: Treina e desenvolve a disciplina.

Pratique como terapia: Muitas pessoas optam pela atividade para aliviar o estresse e a tensão do dia a dia.

Novas amizades: Nada melhor que treinar ao lado dos amigos ou de pessoas com interesse em comum.

Todos vencem: Mesmo que você não conquiste o pódio, completar a prova já é uma vitória.

Desenvolve o raciocínio rápido: Estudos da Universidade de IIIinois, nos Estados Unidos, comprovaram que quando a corrida produz aumento de apenas 5% no condicionamento cardiorrespiratório, a consequência é uma melhoria de até 15% nos testes mentais.

Defenda seu organismo: Melhora o sistema de defesa antioxidante, por meio da melhoria da atividade dos componentes enzimáticos do sistema.

Bem-estar total: Não é raro ouvir dos praticantes que ganharam mais disposição para enfrentar o dia inteiro de trabalho depois de um simples treinamento pela manhã.

Corra em família: Nada de deixar os filhos em casa. Cabem todos na corrida. Família unida corre unida.

Alimentação em dia: Quem corre passa a regular todas as refeições do dia, do café da manhã ao lanche da noite, e não apenas em dia de prova.

Percurso pelo mundo: É uma ótima desculpa para conhecer lugares diferentes mundo afora. Existem tradicionais maratonas em Boston, Nova Iorque, Londres, Berlim e Chicago.

Coração forte: Pesquisas da Universidade Purdue, Estados Unidos, demonstraram que correr pode reduzir em até pela metade o risco de doenças coronárias.

Ótimo vício: William Glasser, autor do livro Positive Addiction, disse que a corrida pode substituir dependências prejudiciais, como alcoolismo, fumo ou excesso de apetite.

Sem cobranças: A ideia da atividade é seguir o seu ritmo, sem fazer comparações com A ou B. O único adversário é você mesmo.

Ossos fortes: De acordo com a National Osteoporosis Society do Reino Unido, apenas quinze minutos de trote leve, três vezes por semana, é o que você precisa para diminuir em até 40% o risco de desenvolver osteoporose com mais idade.

Nada de pendurar os tênis: Alguns esportes têm hora de parar, mas a corrida varia, e muito. Vai depender de sua disposição e desejo de continuar as passadas.

Saúde em primeiro lugar: São inúmeros os benefícios de uma corrida. Ela melhora aspectos importantes da saúde, como colesterol, triglicérides e pressão arterial.

Faça chuva ou sol: Não há restrição climática para uma boa corrida. No calor ou no frio, a ideia é calçar os tênis, camisa e calção e pronto. Boa corrida!